domingo, 5 de dezembro de 2010

Clima de Natal

Baixou a Mamãe Noela em mim, mais especificamente no meu estômago. E lá fui eu pesquisar, adaptar e fazer rabanada salgada.

Assim: fatie pãezinhos amanhecidos, passe rapidinho (para não amolecer demais) em uma mistura de leite, queijo parmesão ralada e um esguicho de creme de leite. Passe, em seguida, em ovos levemente batidos com uma pitada de sal. Coloque tudo com carinho em uma assadeira untada de manteiga. Polvilhe mais queijo ralado e... forno de médio para alto, até dourar.


É bom.É salgado. É facinho. Não é frito. Experimente!

Nostalgia umbilico-dominical

Eu sei que conhecia o archive.org, provavelmente nos próprios velhos tempos blogueiros (tipo da coisa que eu teria conhecido através do QL da Rosana Hermann, uma meia dúzia de endereços atrás, quando eu batia ponto todo dia lá). Mas nunca nem pensei em procurar o 100 Sal original, o que foi sequestrado pelo Blogger Br, lá.

Inté hoje.

http://web.archive.org/web/*/http://100sal.blogger.com.br

Socorro! Lá se foi um domingo, só na Sessão Remember. O bom é colocar na ordem certa vários eventos da vida, como ano e mês da mudança da casa véia para o ap (tadinho, agora só posso chamar de ap explodido, tanta bagunça esses 6 anos e meio acumulou nele). E quanta gente, e quanta coisa... ai ai.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Babaquices

Eu sei, generalizar é feio e errado. Então vou manter a história dentro das próprias cercas. E vou resumir: terça passada, foi inaugurada a sala de cinema 3D aqui em Brusque, uma das 3 salas do Cine Gracher, que é empresa familiar e tradicional, não é rede. Sendo o primeiro cinema 3D da região, claro que o fato foi noticiado. Inclusive em Blumenau, logicamente.

Eis que uma meia dúzia de 2 ou 3 blumenauenses começam a resmungar, no Twitter. Uma das vantagens das redes sociais é essa: o que antes era resmungo em voz baixa, passa a ser ouvido muito além da quadra da casa do resmungão. Ao ler os resmungos com fundo e ranço bairrista (ah, porque o jornal fulano de tal não disse que ano que vem vamos ter DUAS salas 3D aqui, heim?), lembrei de uma conversa alheia ouvida em um ônibus, na época da inauguração do próprio Shopping Gracher, coincidentemente - ou não: pelo jeito o Gracher, na tradição de inovar, que é muito mais que um slogan, reconheçamos, pisa nos pés de quem se acha no direito de estar sempre no primeiro lugar.

As moças, com cara de nojinho, comentavam que Brusque sempre imita Blumenau, até nisso de ter um shopping center. Claro, fofas, taí um tipo de instalação comercial que foi inventada na terra da Oktoberfest - que também, claro, não foi inventada na Alemanha, mas na Blumenau de quem exagera no orgulho natal e vira bairrista infantil, mergulhando no ridículo.

O que me espanta é que essa bobajada ainda exista, resistindo a tanta mistura de ideias, pessoas vindas de todo canto, universidades, mídia... bairrismo é um tipo de preconceito que não tem lei nem ong combatendo, daí, de repente, vira reduto dos que não podem mais ser racistas ou homofóbicos em público. Ou exagerei?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Palavra do dia

Como é bom aumentar o vocabulário! Nesses tempos em que chove muita crítica em Itu, agora sei o que é greenwashing.

Se bem que acho que conhecia a coisa, só não tinha sido apresentada ao nome.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Resgate

Lembrei de uma quase poesia que escrevi no saleiro original (o que o Blogger Br me tomou... buá, buá) em um Dia das Crianças... Achei um arquivo doc com parte dela. Parte! Estou me sentindo como uma Indiana Jones dos backups empoeirados. Como se salva só uma parte de um texto, não faço ideia. Mas cá está.


Quando eu era criança, não existia Barbie no Brasil
Quando eu era criança, não existia McDonald´s no Brasil

Quando eu era criança, a gente não via televisão durante o dia

Quando eu era criança, a gente só tomava refrigerante nos finais de semana.

Quando eu era criança, era uma festa sair pra comer misto quente e tomar colegial de chocolate.

Quando eu era criança, nada disso se chamava fast food. Ainda.

Quando eu era criança, as férias de verão duravam 3 meses.

A gente tinha menos dias de aula, mas eu acho que, mesmo assim, aprendia mais coisas.

Quando eu era criança, o faz-de-conta ainda estava bem vivo.

Eu fui criança antes do Atari, e fui criança antes da maquiagem infantil.

Quando eu era criança, eu tinha pesadelos com a bomba atômica,

Mas eu acho que eu não entendia direito o que era.

Quando eu era criança, eu cantava músicas de criança,

Mas assistia todo ano os festivais da Record...

Quando eu era criança, eu lia Monteiro Lobato.

Eu brincava


Imagino que eu continuasse dizendo que brincava de casinha, brincava com colheres de chá nos potes de arroz, enquanto minha mãe cozinhava, espalhando arroz cru pela cozinha e perdendo colherinhas no fundo das latas.
Que eu brincava de praia no tanque cheio de água e que criava universos de espuma nas paredes do banheiro.
Que eu tive um tanto justo de brinquedos, maior que a média mas não o tanto que as crianças esperam ter hoje, por qualquer razão ou razão nenhuma.
Que eu tinha pequenas obrigações e odiava todas elas, mas queria passar enceradeira nos domingos, só para subir nela com os dois pés e passear, imaginando que fosse, sei lá, um veículo mágico.
Que eu tinha muitos medos, medo do meu pai, medo de estranhos, medo do escuro... medos reais, medos imaginários, medos fermentados pelo medo alheio.
Mas que tinha uma segurança que hoje não conheço mais. Talvez nem exista. Nem na infância de hoje, tão curta e mimadinha.

Mas que ainda sim, dá para deixar as nossas crianças eternas, as que não podemos deixar fugir de dentro da gente, suficientemente felizes.

Feliz hoje. Feliz todos os hojes.

Pixies

Em love. Nas nuvens. Só não me arrependo de não ter ido ao SWU porque, né, se eu reclamava de acampamento bandeirante quando tinha 10 anos, imagina o que eu não ia me irritar em perrengue no meio do mato nessa altura do campeonato.

Thanx, Multishow, mesmo trocando Debaser por The Base. Foi um vento fresquinho nas lembranças e, pior, foi mais uma certeza de que não se faz mais música como antigamente.

PQP, eu sempre achei ridículo envelhecer nos gostos musicais.
Mas tá, há coisas que não se pode evitar.

Pobre de quem não tem coisas boas para lembrar e pobre de quem não olha com desdém o restart alheio.


Espaço reservado para algum video do show, assim que alguém tascar online.
Ops!


domingo, 10 de outubro de 2010

Licença


Estou vegetando.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sobre os dois pesos

1 – Admiro Maria Rita Kehl há décadas, literalmente. Desde O Amor é Uma Droga Pesada. Desde antes de mudar para Brusque. Desde antes do nascimento de muita gente da turma virtual.

2 – Li o artigo publicado pelo Estadão antes da caca toda da demissão. Achei ótimo, do tipo que você pode discordar, mas também pode debater. Não tem como descartar por ser um texto vazio.

3 – Como todo mundo, levei um susto com a demissão dela. O Estadão pesou demais a mão. E deu uma de Ana Maria Braga. Explico: aposto meu fígado que o número de leitores do texto pelo menos decuplicou, após da demissão. Tivesse deixado o link circular enquanto quente, o alcance teria sido muito menor e a imagem do jornal não teria sofrido esse desgaste. Digo a mesma coisa para a Folha, no caso de obrigar a tal de Falha de S. Paulo a sair do ar. Jornalões ainda não perceberam o poder do silêncio, em tempos de comunicação descentralizada.

4 – Por outro lado. O Estadão declarou voto. O Estadão é uma empresa. Não existe jornalismo isento, conforme acho que todos já aprendemos. Não teria a menor obrigação de pagar papel, impressão e jornalista para publicar opinião contrária à própria opinião do jornal. Nenhum jornal é uma democracia. Se algum é, pode me apresentar que vou adorar conhecer.

5 – O que me leva a uma indagação: editor do caderno que publicou a Maria Rita Kehl, o que aconteceu com ele? Também foi demitido? Nem sei quem é, desculpa pela falta de informação da minha parte. Mas tenho até medo de descobrir que, assim como aconteceu com os revisores, tenham trocado os editores por editores de texto.

Crise existencial

Só para o dia não passar em branco (já passou, Claudia Bia, já passa da meia-noite, coisa), dúvidas cruéis: depois de "degustar" A Fazenda hoje, será o caso de romper uma promessa mais antiga - prometi, em meio aos boatos do ano passado, não assistir nem um pouquinho, se aquela criatura alergênica que atende pelo nome de Mallandro entrasse para o plantel (termo bem aplicado, heim?) do programa.

Não entrou na segunda temporada, mesmo assim passei longe. Agora que o pesadelo confirmou-se, acho melhor ficar longe, mesmo, de tão light entretenimento. Resistirei. Arrumarei assuntos melhores.

E pode me dar um punhado da terra de Tara, agora, pronto.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Halloween

Rock Horror Show em Glee, Vanessa Williams assim em DH... acho que esse vai ser o melhor dia das bruxas de todos os tempos.

Aliás, quando foi que o David Silver virou bombado?

Quantas séries já tiveram seu momento Barrados encontra Melrose?

Quando foi que a desamiguinha de escola da Rory Gilmore virou white trash (é ela a mulher "postal" do lobo mau Paul Young)?

Quando foi que a Bree batou a cabeça e esqueceu que não é mais puritana?


Essa sétima temporada vai pender mais para o humor, para o suspense ou para o drama? A gente pode votar?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nostaugia



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cabelos X cabelos


Depois de ser atacada pela chamada sem noção de Por Um Fio por longas madeixas semanas, consegui a façanha de perder o primeiro episódio do reality do GNT, aquele que é apresentado por Juliana Paes. Que é uma versão curta, de meia-hora semanal, de Descabelados (a tradução cheia de mágoa e crítica de Shear Genius, uma competição de cabeleireiros que era apresentado pela pantera Jaclyn Smith, em suas duas primeiras temporadas).

Agora, depois de um tempão sem Descabelados, o Liv resolveu apresentar a terceira temporada, sei lá se por coincidência, ciúme ou inveja...

Como eu não resisto a um reality profissional – assisti até Cãobeleireiros, uma tradução ainda mais... uivante, lá fui eu ver a estreia. Eu tinha lido algo sobre mudanças na equipe, mas confesso que, pela total falta de importância de tudo, programa em si incluído, ricocheteou na minha memória.

Olha lá, uma cara conhecida! Jonathan Antin, o hair stylist (eita, né chique isso?) de Blow Out, um reality tipo “acompanhe a vida real de tal pessoa”. O cara que é irmão da “dona” das Pussycat Dolls. Agora ele é o mentor dos participantes, ok.

O formato do Descabelados não tem variações, é a mesma coisa de Top Chef, a franquia Next Top Model e vários outros: um desafio rápido e um mais complicado, eliminatório. Conflitos e brigas dão o tempero. No final de cada episódio, os jurados escolhem quem o chutado da semana. E é aí que a apresentadora nova disse tchau. E apesar da palavra ser italiana... eu olhei e pensei “essa aí é brasileira”. E é, claro. Era essa história que eu tinha esquecido, que a substituta da pantera é Camila Alves, modelo brasileira que é casada com Matthew McConaughey.

Bom trabalho!

Voltando à versão brasileira, que só tem de melhor, por enquanto, o nome... eu juro, prometo e dou minha palavra de bruxa que deixo de assistir assim que usarem como fundo aquela música chata e óbvia que a Gal gravou, a preferida de todo e qualquer programa de TV para background de pauta capilar.

domingo, 3 de outubro de 2010

Censo

Final de semana foi cívico. Ontem o recenseador finalmente apareceu aqui em casa (claro, quando eu estava cozinhando - mas seria pior se a gente estivesse almoçando, então, tá!) e eu pedi a senha para preencher o questionário online.

Estava roxa de vontade de brincar disso! Ainda pedi para dar ok na maquininha dele, porque era irresistível.
Perguntei e ele disse que as crianças pedem para usar o gadget e se perguntam se tem joguinho. Claro que pedem, claro que perguntam.

Ganhei o envelope lacrado com a senha - e com aquelas chaves de segurança que eu acho tão inúteis, mas vai ver que também foram inventadas pelo genial matemático Oswald de Souza, assim como a estrutura do debate presidencial da Globo. Caímos no questionário básico, aquele que, quando você começa a pegar o gosto, acaba.

Melhor assim, paciência anda curta.
Mas ela acabou de vez quando me deparei com a pergunta que me tira a calma desde muitos censos: se o morador sabe ler e escrever. Eles querem saber quantos banheiros temos, mas não perguntam direito sobre escolaridade. País estranho.

sábado, 2 de outubro de 2010

Urnas

Não vou fazer de conta que tenho condições para ser analista política. Sei o básico, acompanho o básico e estou cansada da escassez generalizada de vergonha na cara. Fiquei de orelha atenta aos debates, mas não me serviram para nada de útil. Valeram a pena mais por conta do fato de que brasileiro, decididamente, não presta - no sentido de fazer piada de tudo. Twitter estava divertidíssimo durante os debates.

Mas só temos mais algumas horas até ter que cumprir o dever cívico, então vou repassar este link que apareceu na minha timeline. É um teste que indica candidatos, de acordo com as suas preferências em termos de plataforma, escolha entre ética ou competência (não podia ser os dois, não?), alinhamento político e mais uns poucos etc. Pode servir para quem ainda está tentando se achar, no meio de tanta confusão. Tem essa cola personalizável do UOL, também, que eu achei bem construída. Ferramentas básicas.

Cá estou apostando em filas e demora, já que muita gente nem parou para reparar que são 2 votos para senador. Vai ser o maior sustão na hora, um "ué, mas não acabei de votar nisso?" Escolher seis criaturas é muita coisa e a gente precisa mesmo de toda ajuda.

Viu, papai do céu?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ordinária


Ó, não vou nem falar nada de como o Brasil foi representado no piloto de No Ordinary Family. Durou pouco e podia ser pior – eles nem apareceram com maracas e sombreros.

Ó, não vou nem falar em biopirataria – porque, né, a tal da pesquisa da mamãe cientista para empresa americana é bem imperialista!

Ó, não vou nem falar que é muita sacanagem o rio fosforescente só dar super poderes para os gringos, se eu fosse a Mariana Belém, reclamava.

Ó, nem vou falar dos Incríveis e dos poderes do Incrível Hulk.

Mas não creio na adolescente que, a cada duas frases, diz para os pais que é virgem. Eu sou virgem, eu sou virgem, eu não estou preparada, minha melhor amiga não é virgem e deu para o meu namorado mimimi. Sei. Sorte dela que é ela a telepata.

Mixplica

Ok, estou 100% rabugenta, hoje. Imagino que seja efeito da falta de luz do sol, vários dias cinzentos e noites pessimamente dormidas, para completar o quadro. Então, por favor, releve se minha reação é exagerada.

Mas eu leio esta notícia e queria compreender se os departamentos do Google não conversam ou se é o cúmulo da incompetência, nem o Chrome suportar ainda o tal de novo formato de imagem que tem a ambição de substituir o jpeg. Não era coisa de lançar um treco qualquer que tornasse o WebP compatível NA MESMA HORA????


Começou errado.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sério, série?

Sabe aquela tal de Shit My Dad Says? Aquela que é baseada no twitter de um fulano que vive com o pai, que é quem fala as merdas em questão?

Então. A continuar como no piloto, é uma... caca que não fede nem cheira. Capitão James T. Kirk merecia uma coisa melhor.


No improvável caso da série melhorar, alguém, por obséquio, venha me avisar. Agradeço.

Por enquanto,
"audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve" passou longe.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tomou?

Uma manhã dessas - sendo manhã, nem preciso explicar que não estava com os neurônios lá muito alertas - eu peguei o que achei que era um finalzinho de desenho animado (Leia-se qualquer série de animação como desenho animado, porque eu sou, digamos assim, antiga. Agradecida.) de bichinhos, na Globo.

É, às vezes eu deixo a TV do quarto ligada na Globo, enquanto pego no sono. Não, nunca tive pesadelos com a Ana Maria Braga. Thanx pela preocupação.

Era bem o finzinho mesmo e eu achei tão bonitinho que fui procurar o que era e se passava na civilização, digo, em algum canal da Sky. Surpresa! A tal de Galera Animal é uma ação da Nestlé, um substituto muito mais inteligente do que as puras e simples publicidades de produto. Tem site.

É muito bonitinho. São bichinhos. São filhotes. E, claro, vai virar bichinho de pelúcia, exatamente no esquema das inesquecíveis pelúcias da Parmalat.
Alguém duvida que vire febre?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Uma das pessoas mais incríveis que eu conheci, ever!



A última vez que nos falamos, coisa de década atrás, ainda na C-5, ele ligou para a gente e ficou emendando conversa por um tempão. E desde ontem eu só lembro, lembrança muito mais antiga, dele chegando na casa em que morei, em São Paulo... e dormindo até a hora de ir embora. Hélio Leite, sempre marcante. Nas palavras ou no silêncio.

Em algum lugar, devo ter guardada minha coleção de botões.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A coisa

A gente comprava discos de vinil e dizia “eu tenho todos os discos do fulano”, com orgulho de proprietário. Continuamos comprando CDs e tendo essa impressão feliz de possuir a obra de nossos artistas favoritos. Discos, livros, filmes em VHS, depois em DVD, toda a história que você conhece. Se nasceu a tempo, viveu.

Investimos, as últimas gerações, um bocado de dinheiro para ter essa sensação de posse. Claro que não tínhamos a ilusão de ter um produto único, mas era nosso produto único, reunido em coleções totalmente únicas, reflexos de nossa personalidade única e especial. Logicamente.

De repente a gente percebe que não possui a obra. Possui uma cópia da obra. Possui a mídia. E quando essa percepção fica mais nítida? Quando resolvemos fazer uma limpeza em casa e descobrimos uns bons metros cúbicos de fitas VHS, algumas ainda lacradas, ocupando espaço e recolhendo poeira. E nem temos mais um videocassete na sala (ok, eu ainda tenho um guardado, mas isso porque eu sou muito lerda em desapegar!).

Daí você olha os títulos e pensa que, qualquer coisa, sempre tem como baixar o filme para dar uma assassinada na saudade. E percebe que a mídia, a cópia, estão deixando de ser sinônimo da obra. Isso não é bom para a indústria cultural, claro, que vai ter que continuar rebolando para descobrir como sobreviver a essa guinada em seus gráficos de desempenho. Mas para você, consumidor de música, filmes, literatura? Quais são seus novos hábitos de consumo cultural? Qual foi a última vez que você ouviu um álbum inteiro? Comprou um CD? Desejou um box de série pela caixa, mais do que pelos episódios?

Eu, depois de anos sem comprar um CD de música, estou fazendo a coleção da discografia do Chico Buarque, essa que se compra em bancas (uma vida, aliás, fazendo coleções lançadas pela Abril!). E tenho lido que muita gente está fazendo a mesma coisa. Porque é uma coleção bonita, formada por objetos bonitos. CD/livreto/lombada bonita... Mesmo tendo todos os discos dele, o objeto me seduziu. Por ser bonito.

Então, o que nós queremos?