domingo, 24 de abril de 2011

O Frango a Thermidor

Ele é "o" frango, mesmo. Na primeira encarnação do 100 sal, eu tinha escrito uma versão bonitinha da receita, que não salvei em lugar nenhum. Portanto, com lágrimas nos olhos e maldições ao Blogger brasileiro nos dentes, reescrevi a coisa toda - que é facinha, convenhamos - para um projeto de caderno de receitas pessoal que jamais fica pronto. Pelo menos o frango fica pronto, gratinado e comestível.


Frango a Thermidor

Hey ho, let’s go. Meu signature dish. Paladares são paladares, mas eu nunca comi um frango a thermidor tão bão quanto o meu, sem o menor fiapo de modéstia. Se um dia eu fizer parte do Hell’s Kitchen, vai ser meu frango a thermidor que o Chef Ramsay vai avacalhar.
A receita veio em uma revista de receitas de verão lançada mais de uma vez pela Editora Três. Que eu perdi na enchente e recuperei, em edição mais recente, alguns anos depois (assim que sacudir a preguiça, fotografo a revista e coloco aqui). Essas coisas fazem a gente se sentir ancorada no mundo, até antes do Google!

Então, vamos lá. Versão petit comité da receita, boa para 3 ou 4 pessoas. Mas pode multiplicar. A receita é quase infalível – e é mais infalível ainda com o advento do creme de leite de caixinha.
Você vai precisar de 2 bons peitos de frango. Sem osso e picados em cubinhos. Temperados com sal e vinagre. E vai precisar de uma boa panela de fundo grosso e plano, premiada com duas colheres de mãe de manteiga. Deixe o frango conversando com a manteiga enquanto você prepara um molho branco com dois copos de leite, em outra panela.

Não sabe como? Vamos lá. Mais uma vez, capriche em duas colheres de manteiga, em uma panela ou frigideira (eu prefiro!) mais grossinha. Fogo baixo. Ao mesmo tempo, amorne dois copos de leite. Jogue 3 colheres de sopa de farinha de trigo na manteiga derretida e misture bem. Acrescente, aos poucos, o leite morno. Caso a alquimia não fique lisa, sem problema: bata tudo no mixer ou no liquidificador e termine de engrossar. Não tem como desperdiçar o molho bechamel, ops branco ops bechamel. Eu ainda acho que é tudo a mesma coisa.
Vamos começar a simplificar a receita. Como no molho branco que minha mãe me ensinou, acrescente uma gema batida com um pouquinho de água, para não criar fio. Misture com entusiasmo. Coloque um tanto de sal, mas não exagere. Essa panela, quando atingir uma consistência boa, sai do fogo. E recebe o creme de leite, que, sendo de caixinha, não tem soro. No caso de você preferir a lata, coloque por algum tempo no congelador e descarte o soro. Mas caixinha é mais legal. Misture também um pacotinho de 50g de parmesão ralado – ou uma versão melhor da coisa, você decide.

Enquanto vc dança com o molho branco ops bechamel, o frango começa a fritar bonito. Mexa, espie e permita que ele doure. Quando o fundo da panela estiver mais espesso, jogue um vidro de palmito picado, sem a água, na panela. Pense! Um prato em que quase todos os ingredientes são brancos, não sendo uma comida de elfos, é bom que mantenha um pouco de cor. Para não desperdiçar o sabor, misture o bechamel turbinado nesta panela.

Molho, frango, palmito, queijo, tudo está junto, branco com uns laivos de manteiga queimada? Perfeito. Deite a mistura em um refratário untado com manteiga, cubra com mais um pouco de parmesão ralado e coloque no forno. Se der, até dourar. Nessa hora, forno elétrico faz a diferença, sendo que não temos forno com salamandra em nossas casas caseiras.

Dourou? Sirva com arroz (pode ser integral, ou não), batata palha e cenoura crua ralada. Perfect.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Citando Douglas Adams

"A maior diferença entre uma coisa que pode pifar e uma coisa que não pode pifar de jeito nenhum é que, quando uma coisa que não pode pifar de jeito nenhum pifa, normalmente é impossível consertá-la". (Praticamente Inofensiva, Sextante)

Genial. Admiração eterna. E, não, hoje não é Dia da Toalha nem nada parecido. Sem 42 hoje para você.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

The Power of Love (e não é o tema de De Volta para o Futuro)

Estou lendo O Poder, o livro "vamos virar bestseller de novo" da autora de O Segredo. Eu gostei de O Segredo, ecoou bem em mim. Venho de uma longa tradição de lidar com energias e pensamentos positivos - quando eu era adolescente, meu pai me botou para fazer um curso do Silva Mind Control, que estava na moda, na época. Ele usou muito os ensinamentos do curso. Eu usei menos do que devia, mas o suficiente para não achar, nunquinha, que isso é bobagem. Ou seja, não sirvo para cética.

Estou ainda no começo do novo livro, mas está batendo bem, talvez até melhor do que o primeiro. Por enquanto, etou domando bem a criatura mais selvagem que eu conheço: eu. Estou me sentido bem. Que é o que importa. Mas tá, estou começando a me desculpar por estar nadando na autoajuda, né? Vamos voltar à terra.

Um dos trechos que já li fala em "aumentar o volume dos sentimentos bons, fazendo uma lista de coisas que você ama. Daí não tem como não lembrar disso:

Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woolen mittens
Brown paper packages tied up with strings
These are a few of my favorite things

Cream colored ponies and crisp apple streudels
Doorbells and sleigh bells and schnitzel with noodles
Wild geese that fly with the moon on their wings
These are a few of my favorite things

Girls in white dresses with blue satin sashes
Snowflakes that stay on my nose and eyelashes
Silver white winters that melt into springs
These are a few of my favorite things

When the dog bites
When the bee stings
When I'm feeling sad
I simply remember my favorite things
And then I don't feel so bad


Pescando no Youtube a cena clássica do filme, achei algo mais interessante ainda - Rodrigo Vechi vai gostar...


domingo, 5 de dezembro de 2010

Clima de Natal

Baixou a Mamãe Noela em mim, mais especificamente no meu estômago. E lá fui eu pesquisar, adaptar e fazer rabanada salgada.

Assim: fatie pãezinhos amanhecidos, passe rapidinho (para não amolecer demais) em uma mistura de leite, queijo parmesão ralada e um esguicho de creme de leite. Passe, em seguida, em ovos levemente batidos com uma pitada de sal. Coloque tudo com carinho em uma assadeira untada de manteiga. Polvilhe mais queijo ralado e... forno de médio para alto, até dourar.


É bom.É salgado. É facinho. Não é frito. Experimente!

Nostalgia umbilico-dominical

Eu sei que conhecia o archive.org, provavelmente nos próprios velhos tempos blogueiros (tipo da coisa que eu teria conhecido através do QL da Rosana Hermann, uma meia dúzia de endereços atrás, quando eu batia ponto todo dia lá). Mas nunca nem pensei em procurar o 100 Sal original, o que foi sequestrado pelo Blogger Br, lá.

Inté hoje.

http://web.archive.org/web/*/http://100sal.blogger.com.br

Socorro! Lá se foi um domingo, só na Sessão Remember. O bom é colocar na ordem certa vários eventos da vida, como ano e mês da mudança da casa véia para o ap (tadinho, agora só posso chamar de ap explodido, tanta bagunça esses 6 anos e meio acumulou nele). E quanta gente, e quanta coisa... ai ai.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Babaquices

Eu sei, generalizar é feio e errado. Então vou manter a história dentro das próprias cercas. E vou resumir: terça passada, foi inaugurada a sala de cinema 3D aqui em Brusque, uma das 3 salas do Cine Gracher, que é empresa familiar e tradicional, não é rede. Sendo o primeiro cinema 3D da região, claro que o fato foi noticiado. Inclusive em Blumenau, logicamente.

Eis que uma meia dúzia de 2 ou 3 blumenauenses começam a resmungar, no Twitter. Uma das vantagens das redes sociais é essa: o que antes era resmungo em voz baixa, passa a ser ouvido muito além da quadra da casa do resmungão. Ao ler os resmungos com fundo e ranço bairrista (ah, porque o jornal fulano de tal não disse que ano que vem vamos ter DUAS salas 3D aqui, heim?), lembrei de uma conversa alheia ouvida em um ônibus, na época da inauguração do próprio Shopping Gracher, coincidentemente - ou não: pelo jeito o Gracher, na tradição de inovar, que é muito mais que um slogan, reconheçamos, pisa nos pés de quem se acha no direito de estar sempre no primeiro lugar.

As moças, com cara de nojinho, comentavam que Brusque sempre imita Blumenau, até nisso de ter um shopping center. Claro, fofas, taí um tipo de instalação comercial que foi inventada na terra da Oktoberfest - que também, claro, não foi inventada na Alemanha, mas na Blumenau de quem exagera no orgulho natal e vira bairrista infantil, mergulhando no ridículo.

O que me espanta é que essa bobajada ainda exista, resistindo a tanta mistura de ideias, pessoas vindas de todo canto, universidades, mídia... bairrismo é um tipo de preconceito que não tem lei nem ong combatendo, daí, de repente, vira reduto dos que não podem mais ser racistas ou homofóbicos em público. Ou exagerei?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Palavra do dia

Como é bom aumentar o vocabulário! Nesses tempos em que chove muita crítica em Itu, agora sei o que é greenwashing.

Se bem que acho que conhecia a coisa, só não tinha sido apresentada ao nome.