sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Babaquices

Eu sei, generalizar é feio e errado. Então vou manter a história dentro das próprias cercas. E vou resumir: terça passada, foi inaugurada a sala de cinema 3D aqui em Brusque, uma das 3 salas do Cine Gracher, que é empresa familiar e tradicional, não é rede. Sendo o primeiro cinema 3D da região, claro que o fato foi noticiado. Inclusive em Blumenau, logicamente.

Eis que uma meia dúzia de 2 ou 3 blumenauenses começam a resmungar, no Twitter. Uma das vantagens das redes sociais é essa: o que antes era resmungo em voz baixa, passa a ser ouvido muito além da quadra da casa do resmungão. Ao ler os resmungos com fundo e ranço bairrista (ah, porque o jornal fulano de tal não disse que ano que vem vamos ter DUAS salas 3D aqui, heim?), lembrei de uma conversa alheia ouvida em um ônibus, na época da inauguração do próprio Shopping Gracher, coincidentemente - ou não: pelo jeito o Gracher, na tradição de inovar, que é muito mais que um slogan, reconheçamos, pisa nos pés de quem se acha no direito de estar sempre no primeiro lugar.

As moças, com cara de nojinho, comentavam que Brusque sempre imita Blumenau, até nisso de ter um shopping center. Claro, fofas, taí um tipo de instalação comercial que foi inventada na terra da Oktoberfest - que também, claro, não foi inventada na Alemanha, mas na Blumenau de quem exagera no orgulho natal e vira bairrista infantil, mergulhando no ridículo.

O que me espanta é que essa bobajada ainda exista, resistindo a tanta mistura de ideias, pessoas vindas de todo canto, universidades, mídia... bairrismo é um tipo de preconceito que não tem lei nem ong combatendo, daí, de repente, vira reduto dos que não podem mais ser racistas ou homofóbicos em público. Ou exagerei?

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